Heteorogeneidade estrutural na indústria catarinense

Este trabalho tem por objetivo estudar a heterogeneidade estrutural na indústria catarinense em comparação com a indústria brasileira com o propósito de contribuir com estudos sobre a realidade econômica do estado, identificar sua relação com a inovação e verificar a existência de convergência prod...

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Main Authors: Carolina Silvestre Cândido, Fernanda Steiner Perin, Silvio Antônio Ferraz Cário
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de Santa Catarina 2013-12-01
Series:Textos de Economia
Online Access:https://periodicos.ufsc.br/index.php/economia/article/view/36336
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Description
Summary:Este trabalho tem por objetivo estudar a heterogeneidade estrutural na indústria catarinense em comparação com a indústria brasileira com o propósito de contribuir com estudos sobre a realidade econômica do estado, identificar sua relação com a inovação e verificar a existência de convergência produtiva. A teoria economia cepalina apresenta, através das ideias de Aníbal Pinto, a heterogeneidade estrutural como fruto da geração e difusão desiguais do progresso técnico em uma estrutura produtiva. Esta se expressa na brecha produtiva interna, que significa a coexistência, em uma mesma economia, de estratos produtivos desenvolvidos e com níveis elevados de produtividade do trabalho e estratos produtivos arcaicos com produtividade de trabalho reduzida. Tais geração e difusão desiguais do progresso técnico geram níveis diferenciados de produtividade refletindo em salários e oportunidades desiguais de acesso a informação, conhecimento e outros, fomentando a desigualdade social. Através da análise, do período de 1996 a 2011, de dados de VTI (valor da transformação industrial) dividido pelo PO (pessoal ocupado), obtendo-se a produtividade do trabalho como proxy para heterogeneidade produtiva e estrutural – proposto por IPEA (2011) – e de acordo com a divisão do Boletim da Indústria e do Comércio Exterior – BIC – proposta pela APEX – comprova-se a existência de heterogeneidade estrutural na indústria catarinense e brasileira, sendo a primeira menos heterogênea que a segunda. Tais dados são comparados com o número de empresas que implementaram inovação e com o dispêndio realizado com atividades de inovação, evidencia-se haver um descompasso entre a participação da indústria catarinense na indústria nacional e a realização de atividades de inovação. A inovação na indústria catarinense se concentra na indústria tradicional, grupo industrial menos produtivo, o que evidencia que a inovação não tem resultado em ganhos de produtividade e, sendo assim, não tem sido eficaz em um processo de convergência produtiva.
ISSN:0103-6017
2175-8085