Remoção Parcial de Dentina Cariada em Lesões Profundas: estudo de 19-30 meses de acompanhamento

O objetivo deste ensaio clínico controlado randomizado multicêntrico foi avaliar a efetividade da remoção parcial de dentina cariada seguida de restauração em única sessão (RPDC) em lesões de cárie profundas no Brasil (Porto Alegre e Brasília) após dois anos de acompanhamento. Critérios de inclu...

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Main Authors: Marisa Maltz, Mauricio Moura, Juliana Jobim Jardim, Cyntia Marques, Lilian Marly de Paula, Heliana Dantas Mestrinho
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Odontologia 2010-05-01
Series:Revista da Faculdade de Odontologia de Porto Alegre
Subjects:
Online Access:https://seer.ufrgs.br/index.php/hcpa/management/settings/website/index.php/RevistadaFaculdadeOdontologia/article/view/16367
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Description
Summary:O objetivo deste ensaio clínico controlado randomizado multicêntrico foi avaliar a efetividade da remoção parcial de dentina cariada seguida de restauração em única sessão (RPDC) em lesões de cárie profundas no Brasil (Porto Alegre e Brasília) após dois anos de acompanhamento. Critérios de inclusão: pacientes com ≥ seis anos de idade apresentando molares permanentes com lesões profundas primárias, ausência de alteração periapical, sensibilidade pulpar, ausência de dor espontânea e sensibilidade à percussão negativa. Os indivíduos foram randomicamente atribuídos ao grupo teste - RPDC, ou grupo controle - tratamento expectante (TE). O TE consistiu na remoção parcial de dentina cariada, capeamento pulpar indireto com cimento de hidróxido de cálcio, restauração provisória com cimento de óxido de zinco e eugenol, reabertura da cavidade após 60 dias, remoção da dentina cariada remanescente amolecida e restauração. Cada grupo foi dividido de acordo com o material restaurador: amálgama ou resina. Avaliações clínicas e radiográficas foram realizadas anualmente. Os desfechos considerados foram sensibilidade pulpar ao teste frio e ausência de alteração periapical. Foram executados 299 tratamentos, 153 RPDC e 146 TE. Não houve diferença entre os grupos em relação às características basais. Após dois anos de acompanhamento, foram avaliadas 181 restaurações e a taxa de sobrevivência dos tratamentos RPDC e TE foram 95,45% e 80,85%, respectivamente (p=0,001). Razões dos insucessos: pulpites, osteíte, hiperemia, necroses, extração e fratura da restauração. Nenhuma variável foi significativamente associada ao desfecho. A partir destes resultados, é possível concluir que a RPDC é um tratamento mais efetivo que o TE. (Número de registro no www.clinicaltrials.gov NCT00887952)
ISSN:0566-1854
2177-0018