EARLY COMPLICATIONS RATES AFTER ANKLE FRACTURE WITH POSTERIOR MALLEOLUS FRACTURE

A fratura isolada do maléolo posterior (PM) é de rara ocorrência. A presença de fragmento de Volkmann está relacionada a mau prognóstico e maiores taxas de osteoartrite secundária. Não existe consenso sobre a melhor opção de acesso cirúrgico em termos de complexidade e riscos.8–12 Um dos acessos...

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Main Authors: Lucas Araujo Guedes, Yasmin Carvalho Alves, Gustavo Damazio Heluy, Alexandre Cassini de Oliveira, Antonio Cesar Mezencio, Silvia Iovine Kobata
Format: Article
Language:English
Published: Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé - ABTPé 2025-05-01
Series:Journal of the Foot & Ankle
Subjects:
Online Access:https://jfootankle.com/JournalFootAnkle/article/view/1838
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Description
Summary:A fratura isolada do maléolo posterior (PM) é de rara ocorrência. A presença de fragmento de Volkmann está relacionada a mau prognóstico e maiores taxas de osteoartrite secundária. Não existe consenso sobre a melhor opção de acesso cirúrgico em termos de complexidade e riscos.8–12 Um dos acessos utilizados para redução aberta e a fixação interna (RAFI) do PM é o póstero-lateral (PLA). Esta abordagem permite a redução direta ou indireta de fragmentos de PM, bem como a ORIF da fíbula e da tíbia a partir de uma visão lateral com boa cobertura de tecidos moles sobre placas e parafusos. No entanto, altas taxas de complicações de tecidos moles estão relacionadas a esta abordagem cirúrgica como deiscência, infecção, problemas com os materiais de síntese. As taxas gerais de complicações após PLA ocorrem em 44,2% em estudos anteriores.1–3 Objetivo: determinar as taxas de complicações após abordagem póstero-lateral no tratamento cirúrgico da fratura do maléolo posterior e possível associação com comorbidades. Método.  Foram selecionadas 31 fraturas do tornozelo, mas 26 casos que apresentaram PM e foram tratadas por PLA em adultos, de ambos os gêneros foram incluídos. Foram registradas as lesões de partes moles previamente a cirurgia, necessidade de uso de fixador externo para controle de danos, identificados os casos de fratura exposta. Todos os casos foram classificados por Lauge Hansen, Haragushi e Bartonicek.  Foram analisados os dados buscando frequência relativa das complicações bem como associação estatística entre comorbidades, uso de esteroides ou corticoides, uso de fixador externo, lesões cutâneas previas, tabagismo e a ocorrência de complicações utilizando exato de Fisher. Resultados. Dos 26 indivíduos tratados por PLA para PM, a incidência de complicações pós-operatórias gerais foi de 38,4%. Não houve associação estatisticamente significativa entre desenvolvimento de complicações pós-operatórias e comorbidades, tabagismo ou uso de esteroides. Verificamos que 50% dos casos ocorreram com estágio 3 do mecanismo de supinação e rotação externa do trauma segundo Lauge Hansen, 3% desenvolveram aderência do flexor longo do hálux e 11% de deformidade em equino. Conclusão. As taxas gerais de complicações após abordagem PLA para fratura do maléolo posterior foram de 38,4%. Não encontramos associação entre comorbidades ou lesões cutâneas prévias e deiscências. Porém, 11% apresentaram encurtamento do tendão de Aquiles no pós-operatório, complicação pouco descrita na literatura. Palavras-chave. Fratura do tornozelo; fratura do tornozelo, complicações; fratura exposta; fratura do tornozelo, maléolo posterior.
ISSN:2675-2980