SOBRE A FUNÇÃO MEDIADORA DA TERCEIRA CRÍTICA NO CORPUS CRÍTICO DE KANT

O presente artigo tem por objetivo principal analisar o papel mediador que a Crítica da Faculdade do Juízo cumpre em relação aos domínios teórico e prático da tarefa crítica de Kant. Os limites estabelecidos pela crítica ao domínio teórico da razão em relação à sua pretensão natural em se estender...

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Main Author: João Renato Amorim Feitosa
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Estadual Paulista (UNESP) 2020-07-01
Series:Kínesis
Subjects:
Online Access:https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/kinesis/article/view/10630
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Description
Summary:O presente artigo tem por objetivo principal analisar o papel mediador que a Crítica da Faculdade do Juízo cumpre em relação aos domínios teórico e prático da tarefa crítica de Kant. Os limites estabelecidos pela crítica ao domínio teórico da razão em relação à sua pretensão natural em se estender para além da experiência possível torna-se positivo quando aplicado ao domínio prático, de onde é possível inferir a existência de uma faculdade legisladora espontânea em relação à cadeia causal natural. Essa faculdade legisladora deve ser admitida como algo que está para além do conjunto dos fenômenos (natureza), pois do contrário, estaria sobre as mesmas regras causais que os determinam e não seria espontânea. No entanto, fica a pergunta acerca de como é possível que algo inerente ao âmbito suprassensível (numênico) possa interferir no âmbito sensível (fenomênico), como no caso da explicação da causalidade livre. Pretendemos apontar de maneira breve o modo como Kant vê numa crítica da faculdade do gosto a possibilidade de mediação entre aqueles dois âmbitos, de modo que possamos entender sua função auxiliar tanto para juízos teóricos como para juízos práticos.
ISSN:1984-8900