Integração de dados para prevenção de violência contra meninas e mulheres no Nordeste do Brasil

Objetivo. Integrar e analisar dados de saúde e segurança pública do estado do Rio Grande do Norte, na região Nordeste do Brasil, sobre violência contra meninas e mulheres. Métodos. Realizou-se um pareamento de dados individuais entre dois sistemas de saúde (Sistema de Informação de Agravos de Notifi...

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Main Authors: Olívia L.C. Guaranha, Juliana Rocha Miranda, Fátima Marinho, Renato Teixeira, Erik Santos, Denise Guerra Wingerter, Paola da Costa Silva, Diana Paula de Souza Rego Pinto Carvalho, Gleidson Paulino Vitório, Sofia Reinach
Format: Article
Language:English
Published: Pan American Health Organization 2025-06-01
Series:Revista Panamericana de Salud Pública
Subjects:
Online Access:https://iris.paho.org/handle/10665.2/67442
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Description
Summary:Objetivo. Integrar e analisar dados de saúde e segurança pública do estado do Rio Grande do Norte, na região Nordeste do Brasil, sobre violência contra meninas e mulheres. Métodos. Realizou-se um pareamento de dados individuais entre dois sistemas de saúde (Sistema de Informação de Agravos de Notificação, Sinan, e Sistema de Informação sobre Mortalidade, SIM) e boletins de ocorrência (BO) do sistema de segurança pública relativos à violência contra meninas e mulheres no estado do Rio Grande do Norte, Brasil, entre 2019 e 2021. Para o pareamento foi desenvolvido no aplicativo Stata um algoritmo de relacionamento determinístico, usando regras de combinação entre as variáveis-chave disponíveis nos diferentes bancos. Resultados. Foram identificadas 43 626 meninas e mulheres vítimas de violência no período. Dessas, 83,5% foram identificadas no sistema de segurança pública (BOs), 16,5% no Sinan e somente 0,4% nos dois sistemas. Os serviços de saúde captaram, proporcionalmente, mais casos de violência contra crianças e adolescentes de 0 a 19 anos e casos de violência física e sexual. A segurança pública registrou mais casos de violência psicológica contra vítimas adultas. Entre os casos de óbito, o grupo identificado apenas no Sinan teve mais óbitos por causas externas relacionadas à violência. Conclusões. A falta de integração entre sistemas mascara a magnitude da violência contra meninas e mulheres. As políticas de integração de dados, associadas ao combate à subnotificação, são essenciais para o desenvolvimento de ações efetivas, capazes de promover uma vida livre de violência.
ISSN:1020-4989
1680-5348