VIRTUDE MORAL COMO DISPOSIÇÃO EMOCIONAL: UMA LEITURA DE EN II.5
Na primeira parte da definição de virtude moral, na Ética Nicomaqueia, Aristóteles afirma que a virtude deve ser uma emoção (pathos), uma capacidade (dynamis), ou uma disposição (hexis) e apresenta um argumento com o objetivo de sustentar que a virtude é uma disposição. Uma maneira de tentar entend...
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| Main Author: | |
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| Format: | Article |
| Language: | Portuguese |
| Published: |
Universidade Estadual Paulista (UNESP)
2022-08-01
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| Series: | Kínesis |
| Subjects: | |
| Online Access: | https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/kinesis/article/view/13591 |
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| Summary: | Na primeira parte da definição de virtude moral, na Ética Nicomaqueia, Aristóteles afirma que a virtude deve ser uma emoção (pathos), uma capacidade (dynamis), ou uma disposição (hexis) e apresenta um argumento com o objetivo de sustentar que a virtude é uma disposição. Uma maneira de tentar entender o que acontece em II.5 é observar que Aristóteles está lidando com qualidades e buscar nas Categorias uma explicação para o que é feito na EN. Ainda que ajude a entender em geral o que são afecções (pathe), capacidades e disposições, o recurso às Cat. não dá conta de certas especificidades do contexto da EN. Cat. não fornece nenhuma pista que nos ajude a entender, por exemplo, por que capacidades e disposições são caracterizadas em função das emoções. O objetivo deste artigo é propor uma leitura de EN II.5 que atente mais para o que é desenvolvido na própria EN do que em outros textos. Nesse sentido, sustentarei que o que está em jogo no referido capítulo é a relação entre virtude e emoção e que o resultado da primeira parte da definição da virtude moral é que a virtude é uma disposição emocional
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| ISSN: | 1984-8900 |