A exclusão da língua espanhola no Instituto Federal Sul-rio-grandense
A Lei 13.415/2017 tornou obrigatório, a partir do 6º ano do Ensino Fundamental, o ensino de inglês, relegando outras línguas estrangeiras, como o espanhol, ao status de optativas. Isso gerou a crescente exclusão do espanhol tanto nas escolas públicas quanto nas privadas. Este estudo visa a analisar...
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| Format: | Article |
| Language: | English |
| Published: |
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS)
2024-11-01
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| Series: | LínguaTec |
| Online Access: | https://periodicos.ifrs.edu.br/index.php/LinguaTec/article/view/7468 |
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| Summary: | A Lei 13.415/2017 tornou obrigatório, a partir do 6º ano do Ensino Fundamental, o ensino de inglês, relegando outras línguas estrangeiras, como o espanhol, ao status de optativas. Isso gerou a crescente exclusão do espanhol tanto nas escolas públicas quanto nas privadas. Este estudo visa a analisar a presença do espanhol nos currículos do Ensino Médio Integrado (EMI) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense (IFSul). O IFSul oferta educação profissional e tecnológica em diferentes níveis e modalidades de ensino da educação básica à superior, e possui catorze campi, recebendo reconhecimento, assim como outros Institutos Federais (IFs), por sua inovação e autonomia pedagógica. Para conhecer a realidade de oferta de línguas estrangeiras dos campi do IFSul, foi realizada uma pesquisa documental, através de coleta dos dados a partir dos registros institucionais disponíveis publicamente na intranet de cada campus. Assim, foi feita a análise dos currículos de cada campus dos cursos de EMI, da legislação vigente quanto à autonomia curricular dos IFs e das leis atuais que regulamentam a oferta de línguas estrangeiras na educação básica. Os resultados evidenciam que, embora o espanhol seja escolhido pelos estudantes, como no Exame Nacional do Ensino Médio como alternativa ao inglês, esse componente curricular é oferecido em apenas seis campi do IFSul, excluído até mesmo em cidades de fronteira com países falantes de espanhol. A exclusão da língua espanhola do currículo limita oportunidades dos estudantes da educação básica de ampliarem seus repertórios de participação em outras línguas e de ingressarem na universidade no idioma de sua preferência. Este trabalho é relevante, pois apresenta um panorama da oferta de línguas estrangeiras na rede de ensino do IFSul e pode contribuir para debates sobre o tema em instâncias deliberativas, como em reuniões do Conselho Superior.
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| ISSN: | 2525-3425 |