A identidade cristã-nova

Este artigo tem como objetivo discutir a identidade cristã nova entre os séculos XV e XVIII. Explicitamos alguns dos principais elementos dessa identidade e como ela se forjou pelas condições sociais assumida pelo problema dos conversos na Península Ibérica. Essa identidade viva, ativa e em constan...

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Main Authors: Ana Hutz, Marcos Antonio Lopes Veiga
Format: Article
Language:English
Published: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Departamento de História 2024-08-01
Series:Projeto História
Subjects:
Online Access:https://revistas.pucsp.br/index.php/revph/article/view/65406
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Summary:Este artigo tem como objetivo discutir a identidade cristã nova entre os séculos XV e XVIII. Explicitamos alguns dos principais elementos dessa identidade e como ela se forjou pelas condições sociais assumida pelo problema dos conversos na Península Ibérica. Essa identidade viva, ativa e em constante transformação era sentida por esses próprios sujeitos históricos, e constantemente reforçada pela Inquisição e pela aplicação dos estatutos de “limpeza de sangue”. Ela se traduzia em ações cotidianas, nas estratégias de negócios e no posicionamento político dos cristãos novos. Nascido na Baixa Idade Média Ibérica, o cristão novo tornou-se referência de modernidade, seja pela consciência do tempo em que vivia, seja pelas estratégias de sobrevivência, capacidade de mimetismo e improviso, bem como por sua mobilidade social e geográfica, desenvolvida graças às suas atividades econômicas e sua capacidade de estabelecer vínculos dentro de seus grupos religiosos e fora deles. Os documentos dos Tribunais da Inquisição da Monarquia portuguesa e espanhola serão primordialmente a janela pela qual observaremos a invenção, as concepções e realizações destas personagens modernas.
ISSN:0102-4442
2176-2767