Por que é que os alunos fazem tantas maquetas?

O aluno de arquitectura encontra na maqueta um instrumento corrente de trabalho. A maqueta é adoptada desde a definição de intenções iniciais até à apresentação final de propostas, justificando-se pela sua clareza comunicativa e pela aproximação tridimensional que permite ao objecto arquitectónic...

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Bibliographic Details
Main Author: João Miguel Couto Duarte
Format: Article
Language:English
Published: Imprensa da Universidade de Coimbra 2013-11-01
Series:Joelho
Subjects:
Online Access:https://impactum-journals.uc.pt/joelho/article/view/1454
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Description
Summary:O aluno de arquitectura encontra na maqueta um instrumento corrente de trabalho. A maqueta é adoptada desde a definição de intenções iniciais até à apresentação final de propostas, justificando-se pela sua clareza comunicativa e pela aproximação tridimensional que permite ao objecto arquitectónico em definição. A maqueta parece ainda adequar-se à exploração de lógicas formais e geométricas complexas. Independentemente destas valias, a presença crescente da maqueta é também síncrona de um uso menos evidente do desenho, pelos menos de um seu domínio menos generalizado. ‘Desenhar bem’ – e esta é uma noção que deve ser questionada – não surge mais como requisito expectável de um aluno de arquitectura. Assim, sobretudo nos anos iniciais de formação, a maqueta aparece como registo possível, por intermédio do qual docente e aluno comunicam e a partir do qual serão até depois elaborados os desenhos de estabilização geométrica do objecto projectado. A generalização da modelação virtual parece corroborar este uso recorrente da maqueta. Recordando que o desenho é ainda tomado como instrumento privilegiado para a aprendizagem e desenvolvimento do pensamento projectual, numa lógica que o coloca na origem desse preciso pensamento, será oportuno averiguar aquilo que significará esta adopção crescente da maqueta no âmbito do ensino de arquitectura.
ISSN:1647-9548
1647-8681