NATURALISMO, VIRTUDE E SOCIABILIDADE NA FÁBULA DAS ABELHAS: MANDEVILLE E OS MORALISTAS DE SEU TEMPO

RESUMO Ao defender a tese geral de que “vícios privados” eram indispensáveis à obtenção de “benefícios públicos”, a Fábula das abelhas, de Bernard Mandeville, suscitou reações indignadas e rendeu a seu autor a reputação de inimigo da virtude. Entre as críticas que lhe foram feitas, chama a atenção a...

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Main Author: Fernão de Oliveira Salles
Format: Article
Language:deu
Published: Universidade Federal de Minas Gerais 2024-12-01
Series:Kriterion
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-512X2024000200300&lng=pt&tlng=pt
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Summary:RESUMO Ao defender a tese geral de que “vícios privados” eram indispensáveis à obtenção de “benefícios públicos”, a Fábula das abelhas, de Bernard Mandeville, suscitou reações indignadas e rendeu a seu autor a reputação de inimigo da virtude. Entre as críticas que lhe foram feitas, chama a atenção aquela segundo a qual ele teria se valido ardilosamente de uma concepção rigorista da virtude para demonstrar a impossibilidade de qualquer ação genuinamente virtuosa. Tomando essa crítica como mote e buscando ver em que medida ela pode, ou não, ser pertinente, o presente artigo pretende examinar a tese contida no subtítulo da Fábula a partir da consideração do projeto filosófico no qual ela se inscreve: o de uma “anatomia da parte invisível do homem”. A partir daí, esperamos ser possível indicar a quais questões A Fábula das abelhas pretende responder e como o faz, bem como qual lugar ela resguarda para a moralidade e quais as consequências da crítica mandevilliana da moral.
ISSN:0100-512X