A compreensão dos estudantes sobre o papel da imaginação na produção das ciências
O uso da imaginação e a produção de modelos é uma das marcas distintivas da atividade científica. Ainda assim, na educação básica, as ciências são normalmente caracterizadas como sendo uma mera coleção de fatos obtidos mediante a observação rigorosa realizada por meio de métodos objetivos de invest...
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| Main Authors: | , |
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| Format: | Article |
| Language: | Spanish |
| Published: |
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
2009-01-01
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| Series: | Caderno Brasileiro de Ensino de Física |
| Online Access: | https://periodicos.ufsc.br/index.php/fisica/article/view/9084 |
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| Summary: | O uso da imaginação e a produção de modelos é uma das marcas distintivas da atividade científica. Ainda assim, na educação básica, as ciências são normalmente caracterizadas como sendo uma mera coleção de fatos obtidos mediante a observação rigorosa realizada por meio de métodos objetivos de investigação. Essa visão de ciência empirista-indutivista deixa pouco espaço para compreendermos o caráter provisório do conhecimento e o papel da imaginação na produção das ciências. Neste trabalho relatamos alguns resultados de uma pesquisa destinada a promover imagens mais sofisticadas da atividade científica entre estudantes de uma turma de Ensino Fundamental, acompanhados enquanto cursavam a 7a e a 8a séries. Nesse período, os estudantes tiveram a oportunidade de lidar com um professor de ciências especialmente comprometido com o objetivo de sofisticar o conhecimento epistemológico de seus estudantes e motivado para participar de nossa pesquisa. Os resultados indicam que os estudantes reconhecem a importância e a legitimidade do uso da imaginação na produção das ciências. Eles parecem ter sido paulatinamente convencidos durante os dois últimos anos do Ensino Fundamental de que para explicar é preciso ir além do que se pode efetivamente observar. Os estudantes adquiriram a convicção de que não se avalia a qualidade de uma explicação ou teoria levando-se em conta se ela contém mais ou menos elementos extraídos da imaginação. O critério para realizar tal avaliação desloca-se para o julgamento do acordo entre teorias, explicações, observações e evidências.
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| ISSN: | 1677-2334 2175-7941 |