Sensibilidade e especificidade dos critérios epidemiológicos para definição de caso de sífilis congênita em coorte retrospectiva no Brasil
Objetivo. Avaliar a sensibilidade e a especificidade dos critérios para definição de sífilis congênita modificados em 2017, que excluíram o tratamento do parceiro sexual como condição para tratamento materno adequado. Método. No presente estudo de coorte retrospectivo, realizou-se o monitoramento ep...
Saved in:
| Main Authors: | , , |
|---|---|
| Format: | Article |
| Language: | English |
| Published: |
Pan American Health Organization
2024-12-01
|
| Series: | Revista Panamericana de Salud Pública |
| Subjects: | |
| Online Access: | https://iris.paho.org/handle/10665.2/62664 |
| Tags: |
Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
|
| _version_ | 1846141297501405184 |
|---|---|
| author | Fabiana Ferreira dos Santos Lisiane Morelia Weide Acosta Clécio Homrich da Silva |
| author_facet | Fabiana Ferreira dos Santos Lisiane Morelia Weide Acosta Clécio Homrich da Silva |
| author_sort | Fabiana Ferreira dos Santos |
| collection | DOAJ |
| description | Objetivo. Avaliar a sensibilidade e a especificidade dos critérios para definição de sífilis congênita modificados em 2017, que excluíram o tratamento do parceiro sexual como condição para tratamento materno adequado.
Método. No presente estudo de coorte retrospectivo, realizou-se o monitoramento epidemiológico de 503 crianças nascidas no ano de 2018, residentes em Porto Alegre, Brasil. Foram monitoradas 412 crianças notificadas como casos de sífilis congênita, incluindo os abortos e natimortos; e 91 crianças expostas à sífilis na gestação que deixaram de ser consideradas casos após a exclusão do parceiro para adequação do tratamento materno. O estudo envolveu observação do tratamento ao nascer, acompanhamento laboratorial não treponêmico até os 18 meses ou treponêmico após 18 meses e avaliação sintomatológica da doença para encerramento da coorte.
Resultados. Identificaram-se 286 casos e 126 não casos pelo critério de caso de notificação. Entre os expostos, que não preenchiam os critérios para fins de notificação, foram identificados três casos e 88 não casos (P < 0,001). Considerando a definição atual de caso de sífilis congênita para fins de notificação, a sensibilidade foi de 98,9% (IC95%: 97,0 a 99,7), e a especificidade, 41,0% (IC95%: 34,4 a 48,0). Por sua vez, o encerramento dos casos por monitoramento teve sensibilidade de 69,4% (IC95%: 64,7 a 73,8) e especificidade de 96,7% (IC95%: 90,7 a 99,3).
Conclusão. A definição vigente de caso de sífilis congênita para fins de notificação mostrou-se sensível, porém menos específica. Sugere-se sua revisão tendo em vista a possibilidade de perda de diagnósticos verdadeiros positivos. |
| format | Article |
| id | doaj-art-c309f1aca30b4a9fa2a98cdc1d97d15a |
| institution | Kabale University |
| issn | 1020-4989 1680-5348 |
| language | English |
| publishDate | 2024-12-01 |
| publisher | Pan American Health Organization |
| record_format | Article |
| series | Revista Panamericana de Salud Pública |
| spelling | doaj-art-c309f1aca30b4a9fa2a98cdc1d97d15a2024-12-04T13:05:52ZengPan American Health OrganizationRevista Panamericana de Salud Pública1020-49891680-53482024-12-01481331810.26633/RPSP.2024.133rpspSensibilidade e especificidade dos critérios epidemiológicos para definição de caso de sífilis congênita em coorte retrospectiva no BrasilFabiana Ferreira dos Santos0Lisiane Morelia Weide Acosta1Clécio Homrich da Silva2Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Departamento de Pediatria, Porto Alegre (RS), Brasil.Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, São Leopoldo (RS), Brasil.Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Departamento de Pediatria, Porto Alegre (RS), Brasil.Objetivo. Avaliar a sensibilidade e a especificidade dos critérios para definição de sífilis congênita modificados em 2017, que excluíram o tratamento do parceiro sexual como condição para tratamento materno adequado. Método. No presente estudo de coorte retrospectivo, realizou-se o monitoramento epidemiológico de 503 crianças nascidas no ano de 2018, residentes em Porto Alegre, Brasil. Foram monitoradas 412 crianças notificadas como casos de sífilis congênita, incluindo os abortos e natimortos; e 91 crianças expostas à sífilis na gestação que deixaram de ser consideradas casos após a exclusão do parceiro para adequação do tratamento materno. O estudo envolveu observação do tratamento ao nascer, acompanhamento laboratorial não treponêmico até os 18 meses ou treponêmico após 18 meses e avaliação sintomatológica da doença para encerramento da coorte. Resultados. Identificaram-se 286 casos e 126 não casos pelo critério de caso de notificação. Entre os expostos, que não preenchiam os critérios para fins de notificação, foram identificados três casos e 88 não casos (P < 0,001). Considerando a definição atual de caso de sífilis congênita para fins de notificação, a sensibilidade foi de 98,9% (IC95%: 97,0 a 99,7), e a especificidade, 41,0% (IC95%: 34,4 a 48,0). Por sua vez, o encerramento dos casos por monitoramento teve sensibilidade de 69,4% (IC95%: 64,7 a 73,8) e especificidade de 96,7% (IC95%: 90,7 a 99,3). Conclusão. A definição vigente de caso de sífilis congênita para fins de notificação mostrou-se sensível, porém menos específica. Sugere-se sua revisão tendo em vista a possibilidade de perda de diagnósticos verdadeiros positivos.https://iris.paho.org/handle/10665.2/62664sífilis congênitatransmissão vertical de doença infecciosasensibilidade e especificidademonitoramento epidemiológico |
| spellingShingle | Fabiana Ferreira dos Santos Lisiane Morelia Weide Acosta Clécio Homrich da Silva Sensibilidade e especificidade dos critérios epidemiológicos para definição de caso de sífilis congênita em coorte retrospectiva no Brasil Revista Panamericana de Salud Pública sífilis congênita transmissão vertical de doença infecciosa sensibilidade e especificidade monitoramento epidemiológico |
| title | Sensibilidade e especificidade dos critérios epidemiológicos para definição de caso de sífilis congênita em coorte retrospectiva no Brasil |
| title_full | Sensibilidade e especificidade dos critérios epidemiológicos para definição de caso de sífilis congênita em coorte retrospectiva no Brasil |
| title_fullStr | Sensibilidade e especificidade dos critérios epidemiológicos para definição de caso de sífilis congênita em coorte retrospectiva no Brasil |
| title_full_unstemmed | Sensibilidade e especificidade dos critérios epidemiológicos para definição de caso de sífilis congênita em coorte retrospectiva no Brasil |
| title_short | Sensibilidade e especificidade dos critérios epidemiológicos para definição de caso de sífilis congênita em coorte retrospectiva no Brasil |
| title_sort | sensibilidade e especificidade dos criterios epidemiologicos para definicao de caso de sifilis congenita em coorte retrospectiva no brasil |
| topic | sífilis congênita transmissão vertical de doença infecciosa sensibilidade e especificidade monitoramento epidemiológico |
| url | https://iris.paho.org/handle/10665.2/62664 |
| work_keys_str_mv | AT fabianaferreiradossantos sensibilidadeeespecificidadedoscriteriosepidemiologicosparadefinicaodecasodesifiliscongenitaemcoorteretrospectivanobrasil AT lisianemoreliaweideacosta sensibilidadeeespecificidadedoscriteriosepidemiologicosparadefinicaodecasodesifiliscongenitaemcoorteretrospectivanobrasil AT cleciohomrichdasilva sensibilidadeeespecificidadedoscriteriosepidemiologicosparadefinicaodecasodesifiliscongenitaemcoorteretrospectivanobrasil |