Desafiando as sombras a morfogênese de duas favelas em Belo Horizonte, 1967-1982

O presente artigo utiliza-se da leitura da morfogênese de duas grandes favelas de Belo Horizonte que surgiram entre 1967 e 1979 para desvelar indícios que possam permitir a compreensão das formas de organização constituídas para a concretização de novas ocupações durante o período da Ditadura Milit...

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Main Authors: Gisela Barcellos de Souza, Maria Manoela Gimmler Netto, Gabriel Cordeiro, Letícia Rodrigues Sampaio Andrade
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Rede Portuguesa de Morfologia Urbana 2025-01-01
Series:Revista de Morfologia Urbana
Online Access:http://www.revistademorfologiaurbana.org/index.php/rmu/article/view/421
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Description
Summary:O presente artigo utiliza-se da leitura da morfogênese de duas grandes favelas de Belo Horizonte que surgiram entre 1967 e 1979 para desvelar indícios que possam permitir a compreensão das formas de organização constituídas para a concretização de novas ocupações durante o período da Ditadura Militar (1964-1985). Analisam-se dois casos distintos: a Vila Cemig, cuja ocupação inicial dá-se no final da década de 1960, em gleba de 18 hectares que pertencia à Fundação Tiradentes (Polícia Militar), e a Vila Cafezal, que surge após 1972 em terreno de 17 hectares remanescente da antiga Colônia Agrícola Bias Fortes. A abordagem do artigo considera a morfogênese tanto no concernente à constituição do tecido urbano – rotas matrizes, planejadas e de conexão – quanto no que se refere à sua relação com a estrutura fundiária e a estrutura urbana de modo geral. Conclui-se que ambas revelam indícios de diferentes formas de associativismo e de organizações populares que conseguiram transcender a repressão militar e as políticas de desfavelamento.
ISSN:2182-7214