O MATA-MARINHEIRO DO COLÉGIO E A RADICALIZAÇÃO DA "POPULAÇA" DO RECIFE NA BRIGA PELO MERCADO DE TRABALHO.

Em fins de junho de 1848, uma confusa briga entre um estudante brasileiro e um caixeiro português provocou uma grande onda de violência no Recife. Ocorreram saques a lojas, muita pancadaria e, pelo menos, cinco vítimas fatais. Ao término do conflito, uma multidão marchou até a Assembléia Provincial...

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Bibliographic Details
Main Author: Bruno Augusto Dornelas Câmara
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de Pernambuco 2015-09-01
Series:Clio: Revista de Pesquisa Histórica
Online Access:https://periodicos.ufpe.br/revistas/index.php/revistaclio/article/view/24834
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Description
Summary:Em fins de junho de 1848, uma confusa briga entre um estudante brasileiro e um caixeiro português provocou uma grande onda de violência no Recife. Ocorreram saques a lojas, muita pancadaria e, pelo menos, cinco vítimas fatais. Ao término do conflito, uma multidão marchou até a Assembléia Provincial exigindo a nacionalização do comércio a retalho e a expulsão dos portugueses solteiros, num prazo de 15 dias. O mata-marinheiro do Colégio, como ficou conhecido esse motim, é a nossa porta de entrada para entendermos as disputas entre nacionais (livres e libertos pobres) e estrangeiros (pequenos comerciantes e caixeiros de parcos recursos) pelo comércio varejista da cidade e pelas oportunidades de emprego nesses estabelecimentos. O presente artigo pretende enfocar o antilusitanismo nas classes populares e a relação entre a política "popular" do Partido Praieiro. 
ISSN:2525-5649