Quantificação e análise fitoquímica de extratos aquosos e etanólicos de folhas de Carica papaya

Introdução: A espécie Carica papaya L., abundante em regiões tropicais e subtropicais, apresenta propriedades fitoquímicas, biológicas, nutricionais e medicinais descritas, incluindo propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. A proteção da integridade da membrana eritrocitária em condições de...

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Main Authors: Mário J. S. Gomes, Edna Ribeiro, Catarina Ginete, Miguel Brito, Carina Silva, Ana-Maria Vlase, Laurian Vlase, Anita Q. Gomes
Format: Article
Language:English
Published: Rede Académica das Ciências da Saúde da Lusofonia - RACS 2025-08-01
Series:RevSALUS
Subjects:
Online Access:https://revsalus.com/index.php/RevSALUS/article/view/1098
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Description
Summary:Introdução: A espécie Carica papaya L., abundante em regiões tropicais e subtropicais, apresenta propriedades fitoquímicas, biológicas, nutricionais e medicinais descritas, incluindo propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. A proteção da integridade da membrana eritrocitária em condições de stress osmótico conferida por extratos metanólicos de folhas de Carica papaya (CP) sugerem um potencial terapêutico para o tratamento de patologias hematológicas como a anemia das células falciformes. Objetivos: Este estudo pretende realizar extração, quantificação e análise fitoquímica de extratos aquosos e etanólicos de folhas de CP, para posterior avaliação do potencial terapêutico. Métodos: O material vegetal foi pulverizado com Bimby (versão TM 6, Vorwerk, Alemanha) e protegido da luz solar até à extração. Na preparação de extratos aquosos, foram adicionados 5 ml de água a ferver sobre 500 mg de material vegetal, sob agitação contínua, tendo sido subsequentemente centrifugados. Os extratos etanólicos (30%, 50%, 70% e 90%), foram obtidos por adição de 10 mL de solvente a 1 g de material vegetal em banho ultrassónico e centrifugados. Todos os extratos foram filtrados através de um filtro Millipore de 450 μm. Para análise fitoquímica, 500 μL de cada extrato, foram transferidos para HPLC. Resultados: A análise fitoquímica realizada permitiu quantificar (μg/mL) os seguintes compostos: ácido gentísico; ácido cafeico; ácido p-cumárico; ácido ferúlico; hiperosídeo; isoquercitrina; rutina; quercitrina; kaempferitrina; quercetol; kaempferol; ácido siríngico; ácido gálico; ácido protocatecuico; epigalocatequina galato; protocianidina tipo B3. B4 e B2; α- tocoferol; y-tocoferol; β-tocoferol; ergosterol; estigmasterol; β-sitosterol e campestrol. O extrato etanólico a 30% apresentou, no geral, valores mais elevados dos compostos analisados. O composto mais abundante é a rutina (315.72±15.786 a 115.76±3.472) e não foi detetado ergosterol em nenhum dos extratos. Conclusão: Os resultados deste estudo demostram a abundância de compostos fitoquímicos de interesse, com potencial terapêutico, presentes em extratos aquosos e etanólicos de CP. Este trabalho teve o apoio do Instituto Politécnico de Lisboa (IPL/IDI&CA2024/DifCaya_ESTeSL) e da FCT/MCTES (UIDB/05608/2020 e UIDP/05608/2020).
ISSN:2184-4860
2184-836X