CAPACITAR na PEA: Programa de capacitação parental para cuidadores de crianças com Perturbação do Espectro do Autismo – última fase da 1ª Edição

Introdução: Os cuidadores de crianças com Perturbação do Espectro do Autismo enfrentam desafios como parceiros comunicativos, sendo frequente reportarem dificuldades na interação com a criança. A investigação mostra efeitos positivos da capacitação parental (Bradshaw et al., 2022), e da intervenção...

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Bibliographic Details
Main Authors: Ângela Marina Jesus, Catarina Cadaveira, Leonor Garcia, Telma Pereira
Format: Article
Language:English
Published: Rede Académica das Ciências da Saúde da Lusofonia - RACS 2025-08-01
Series:RevSALUS
Subjects:
Online Access:https://revsalus.com/index.php/RevSALUS/article/view/1157
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Description
Summary:Introdução: Os cuidadores de crianças com Perturbação do Espectro do Autismo enfrentam desafios como parceiros comunicativos, sendo frequente reportarem dificuldades na interação com a criança. A investigação mostra efeitos positivos da capacitação parental (Bradshaw et al., 2022), e da intervenção mediada por pais por favorecer oportunidades contínuas de desenvolvimento da criança no seu ambiente natural (Pacia et al., 2022). O programa CAPACITAR na PEA (Jesus & Pereira, 2022) é constituído por quatro fases, ao longo de 3 anos, incluindo formação sobre competências comunicativas e linguísticas, análise, feedback e mediação de interações comunicativas. Objetivos: A implementação da última fase do programa teve como objetivos: 1) Análise da autoperceção de competências comunicativas e linguísticas dos cuidadores pré e pós programa; 2) Verificação de competências reais e do grau de autonomia dos cuidadores na implementação de técnicas e estratégias; 3) Análise da aceitabilidade e satisfação com o programa. Metodologia: O programa foi implementado entre abril e junho de 2024 a três cuidadores que participaram nas fases anteriores, através da realização de 3 sessões individuais de autoscopia de vídeos e vídeo-feedback e 3 sessões de grupo de partilha de experiências e conhecimentos, com conteúdos definidos a partir da recolha de necessidades da avaliação inicial. Após a implementação do programa foi efetuada a avaliação através dos instrumentos de autoperceção, grelha de observação de competências e questionário de aceitabilidade e satisfação. Resultados: Observou-se um ajuste e melhoria da autoperceção de competências, com valores de autoperceção positivos e aumento da confiança em todos os cuidadores. A percentagem de utilização autónoma de técnicas e estratégias variou entre os 80% e os 93% e os cuidadores reportaram níveis de aceitabilidade e satisfação bastante elevados, destacando como principais benefícios as estratégias e a relevância dos conteúdos para melhorar a interação e o apoio às aprendizagens da criança. Conclusões: A implementação da última fase do programa contribuiu para um aumento da consciencialização das competências dos cuidadores enquanto parceiros comunicativos, bem como no aumento da confiança, qualidade e autonomia na aplicação de técnicas e estratégias aprendidas. Estes resultados positivos reforçam a necessidade de continuar a desenvolver e implementar programas de capacitação.
ISSN:2184-4860
2184-836X