Micobiota leveduriforme oral de cães: identificação fenotípica e proteômica
A interação crescente entre humanos e animais facilita a transmissão de microrganismos, tornando o estudo da micobiota oral de cães cada vez mais relevante, especialmente devido ao desenvolvimento de doenças causadas por fungos como Candida auris, Malassezia pachydermatis e Cryptococcus spp. que ex...
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| Format: | Article |
| Language: | English |
| Published: |
Editora MV Valero
2025-05-01
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| Series: | Pubvet |
| Subjects: | |
| Online Access: | https://ojs.pubvet.com.br/index.php/revista/article/view/4121 |
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| Summary: | A interação crescente entre humanos e animais facilita a transmissão de microrganismos, tornando o estudo da micobiota oral de cães cada vez mais relevante, especialmente devido ao desenvolvimento de doenças causadas por fungos como Candida auris, Malassezia pachydermatis e Cryptococcus spp. que exigem métodos eficazes para diagnóstico. Embora a identificação fenotípica seja amplamente utilizada, apresenta limitações que podem ser superadas por tecnologias avançadas, como a técnica proteômica MALDI-TOF. Diante disso, o objetivo deste estudo foi isolar fungos leveduriformes da cavidade oral de cães, realizar a identificação fenotípica e proteômica dos isolados e comparar a eficácia dessas metodologias. Para isso, amostras foram coletadas de 38 cães em clínicas veterinárias de Seropédica e Itaguaí (RJ), além do Hospital Veterinário da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, resultando em 46 isolados de leveduras. As amostras foram semeadas em ágar Sabouraud com cloranfenicol, e os isolados identificados por meio de testes macromorfológicos, micromorfológicos, bioquímicos, provas de assimilação e fermentação de açúcares e por identificação proteômica através de equipamento MALDI-TOF. Dos 37 isolados comparados, 11 apresentaram correspondência positiva na identificação das espécies entre os métodos fenotípico e proteômico. Em casos como Geotrichum spp. e Rhodotorula spp., a identificação proteômica mostrou-se menos eficiente, reforçando a escolha do método fenotípico como mais adequado para classificar os isolados. Essa preferência se confirma também para leveduras predominantes como Candida spp. e Malassezia spp., demonstrando o método fenotípico como uma ferramenta confiável para a caracterização da microbiota oral de cães, dada a prevalência desses gêneros na população de microrganismos cultiváveis. Das 37 leveduras testadas proteomicamente, 27 foram identificadas como pertencentes ao gênero Candida, sendo 21 confirmadas pela identificação fenotípica, destacando o potencial auxílio da técnica proteômica na identificação desses microrganismos. Embora a técnica proteômica seja rápida, ainda necessita de aprimoramentos para a identificação de leveduras não pertencentes ao gênero Candida, sendo útil como complemento ao diagnóstico. Por outro lado, a identificação fenotípica mostrou-se eficaz e confiável para caracterizar as leveduras da cavidade oral dos cães.
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| ISSN: | 1982-1263 |