Micobiota leveduriforme oral de cães: identificação fenotípica e proteômica

A interação crescente entre humanos e animais facilita a transmissão de microrganismos, tornando o estudo da micobiota oral de cães cada vez mais relevante, especialmente devido ao desenvolvimento de doenças causadas por fungos como Candida auris, Malassezia pachydermatis e Cryptococcus spp. que ex...

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Main Authors: Mário Mendes Bonci, Regina Teixeira Barbieri Ramos, Gabriel Silva Navarro, Clara de Almeida Mendes, Debora Moreira, Thainá Aparecida Pereira Moura Cerqueira, Sergio Gaspar de Campos, Águida Aparecida de Oliveira, Francisco de Assis Baroni, Claudete Rodrigues Paula
Format: Article
Language:English
Published: Editora MV Valero 2025-05-01
Series:Pubvet
Subjects:
Online Access:https://ojs.pubvet.com.br/index.php/revista/article/view/4121
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Description
Summary:A interação crescente entre humanos e animais facilita a transmissão de microrganismos, tornando o estudo da micobiota oral de cães cada vez mais relevante, especialmente devido ao desenvolvimento de doenças causadas por fungos como Candida auris, Malassezia pachydermatis e Cryptococcus spp. que exigem métodos eficazes para diagnóstico. Embora a identificação fenotípica seja amplamente utilizada, apresenta limitações que podem ser superadas por tecnologias avançadas, como a técnica proteômica MALDI-TOF. Diante disso, o objetivo deste estudo foi isolar fungos leveduriformes da cavidade oral de cães, realizar a identificação fenotípica e proteômica dos isolados e comparar a eficácia dessas metodologias. Para isso, amostras foram coletadas de 38 cães em clínicas veterinárias de Seropédica e Itaguaí (RJ), além do Hospital Veterinário da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, resultando em 46 isolados de leveduras. As amostras foram semeadas em ágar Sabouraud com cloranfenicol, e os isolados identificados por meio de testes macromorfológicos, micromorfológicos, bioquímicos, provas de assimilação e fermentação de açúcares e por identificação proteômica através de equipamento MALDI-TOF. Dos 37 isolados comparados, 11 apresentaram correspondência positiva na identificação das espécies entre os métodos fenotípico e proteômico. Em casos como Geotrichum spp. e Rhodotorula spp., a identificação proteômica mostrou-se menos eficiente, reforçando a escolha do método fenotípico como mais adequado para classificar os isolados. Essa preferência se confirma também para leveduras predominantes como Candida spp. e Malassezia spp., demonstrando o método fenotípico como uma ferramenta confiável para a caracterização da microbiota oral de cães, dada a prevalência desses gêneros na população de microrganismos cultiváveis. Das 37 leveduras testadas proteomicamente, 27 foram identificadas como pertencentes ao gênero Candida, sendo 21 confirmadas pela identificação fenotípica, destacando o potencial auxílio da técnica proteômica na identificação desses microrganismos. Embora a técnica proteômica seja rápida, ainda necessita de aprimoramentos para a identificação de leveduras não pertencentes ao gênero Candida, sendo útil como complemento ao diagnóstico. Por outro lado, a identificação fenotípica mostrou-se eficaz e confiável para caracterizar as leveduras da cavidade oral dos cães.
ISSN:1982-1263