Métodos de colheita de urina e a sua influência nas taxas de contaminação: Implicações para a Qualidade das Uroculturas e Diagnóstico Clínico

Introdução: A taxa de contaminação de uroculturas é uma realidade que leva a um aumento no tempo de resposta e carga económica inerente a este procedimento, especialmente em ambientes hospitalares [2,3]. A escolha do método de colheita (jato médio, algaliação, punção suprapúbica) pode influenciar d...

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Main Author: Andreia Fonseca
Format: Article
Language:English
Published: Rede Académica das Ciências da Saúde da Lusofonia - RACS 2025-08-01
Series:RevSALUS
Subjects:
Online Access:https://revsalus.com/index.php/RevSALUS/article/view/1099
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Description
Summary:Introdução: A taxa de contaminação de uroculturas é uma realidade que leva a um aumento no tempo de resposta e carga económica inerente a este procedimento, especialmente em ambientes hospitalares [2,3]. A escolha do método de colheita (jato médio, algaliação, punção suprapúbica) pode influenciar diretamente essa taxa, impactando a precisão dos resultados laboratoriais e, consequentemente, as decisões clínicas [1]. Objetivo: Analisar a associação entre diferentes métodos de colheita de urinas asséticas e a prevalência de uroculturas contaminadas, num hospital português. Metodologia: Estudo observacional descritivo-comparativo, transversal e retrospetivo de 1861 uroculturas contaminadas em diferentes serviços da ULSBA, EPE, entre 2012 e 2022. Os dados em estudo foram compilados com recurso ao sistema informático Clinidata® da Maxdata. O tratamento dos dados foi realizado, posteriormente, com recurso ao software Microsoft Excel® 2017 e também ao Statistical Package for the Social Sciences, para posterior análise descritiva. Resultados: Os resultados indicaram que o método de colheita influencia significativamente as taxas de contaminação. Verificou-se uma maior contaminação de uroculturas em urinas colhidas através do método por jato médio (1606 amostras), seguida de contaminação com recurso a algaliação (207 amostras) e, em menor número, o método por punção suprapúbica. Conclusão: A escolha do método de colheita de urina deve ser criteriosa e adaptada ao contexto clínico e ao perfil do paciente. A implementação de protocolos rigorosos e programas de formação contínua para as equipas de saúde são essenciais para reduzir as taxas de contaminação e melhorar a qualidade das uroculturas, contribuindo para diagnósticos mais precisos e tratamentos mais eficazes.
ISSN:2184-4860
2184-836X