COMPARAÇÃO DA TREINABILIDADE AERÓBIA DE MULHERES SEDENTÁRIAS COM PESO NORMAL E SOBREPESO

O grau de treinabilidade aeróbia, especificamente de mulheres, parece não ser influenciado por fatores como a meno­pausa ou idade, mas o fator genético, o nível inicial de condicionamento aeróbio, a especificidade do treinamento, a sobrecarga utilizada, e os índices utilizados para verificar os efei...

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Main Authors: Elen Cristina F. Araujo, Pedro Balikian Júnior, Cassiano Merussi Neiva, Camila Coelho Greco, Benedito Sérgio Denadai
Format: Article
Language:English
Published: Sociedade Brasileira de Atividade Física e Saúde 2012-10-01
Series:Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde
Subjects:
Online Access:https://rbafs.org.br/RBAFS/article/view/1129
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Description
Summary:O grau de treinabilidade aeróbia, especificamente de mulheres, parece não ser influenciado por fatores como a meno­pausa ou idade, mas o fator genético, o nível inicial de condicionamento aeróbio, a especificidade do treinamento, a sobrecarga utilizada, e os índices utilizados para verificar os efeitos do treinamento aeróbio, podem afetar o percentual de melhora determi­nado pelo mesmo. Entretanto, não foram encontrados ainda estudos que avaliassem a influência do grau de obesidade na treinabilidade relativa de mulheres sedentárias. O objetivo deste estudo foi comparar as respostas ao treinamento aeróbio, de mulheres normais e com sobrepeso. Os sujeitos foram divididos de acordo com o índice de massa corporal (IMC), em dois grupos: peso normal (PN) e sobrepeso (SP). A avaliação aeróbia foi realizada através do limiar anaeróbio (intensidade correspondente a 4 mM de lactato sanguíneo), antes (pré) e após (pós) um programa de treinamento aeróbio (12 semanas; 3 vezes/semana e intensidade correspondente a 2-2,5 mM de lactato sanguíneo). Com relação ao peso corporal, o treinamento só diminuiu consi­deravelmente o peso corporal do grupo SP (pré = 68,5 + 3,4 Kg; pós = 67,3 + 4,2 Kg). O IMC do grupo PN (pré = 22,6 + 1,2 Kg/m2; pós = 22,5 + 1,3 Kg/m2) foi significantemente menor, tanto no pré como no pós treinamento do que o grupo SP (pré = 27,7 + 1,0 Kg/m2; 27,3 + 0,8 Kg/m2). Somente para o grupo SP houve uma diminuição significante no IMC após o treinamento. O limiar anaeróbio foi significantemente maior em ambos os grupos, após o treinamento PN (pré = 5,55 + 0,9 Km/h; pós = 8,07 + 0,6 Km/h) e SP (pré = 5,45 + 0,8 Km/h; pós = 7,85 + 1,4 Km/h), porém não houve diferenças significativas no aumento percentual determinado pelo treinamento entre o grupo PN (47,9%) e SP (46,3%). Pode-se concluir portanto, que mulheres normais ou com sobrepeso que são submetidas a um mesmo programa de treinamento aeróbio, apresentam um percentual semelhante de treinabilidade. Além disso, o treinamento de corrida realizado em intensidades próximas ao limiar aeróbio (2 o 2,5 mM de lactato sanguíneo), proporcionou melhoras expressivas na capacidade aeróbia, em mulheres sedentárias.
ISSN:1413-3482
2317-1634