A FUNDAÇÃO DE UM REINO DE DEUS NA TERRA E A QUESTÃO DA (IN) DISPENSABILIDADE DAS RELIGIÕES HISTÓRICAS NA FILOSOFIA KANTIANA DA RELIGIÃO
O objetivo deste artigo é apresentar e discutir o papel que Kant concede às religiões históricas, (compreendidas sob a denominação geral de “igreja visível”), no processo que o filósofo chama de “fundação de um reino de Deus na terra”, tal como apresentado na parte III da obra A Religião nos limite...
Saved in:
| Main Author: | |
|---|---|
| Format: | Article |
| Language: | Portuguese |
| Published: |
Universidade Estadual Paulista (UNESP)
2016-11-01
|
| Series: | Kínesis |
| Subjects: | |
| Online Access: | https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/kinesis/article/view/6427 |
| Tags: |
Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
|
| Summary: | O objetivo deste artigo é apresentar e discutir o papel que Kant concede às religiões históricas, (compreendidas sob a denominação geral de “igreja visível”), no processo que o filósofo chama de “fundação de um reino de Deus na terra”, tal como apresentado na parte III da obra A Religião nos limites da simples razão. Para isso apresentar-se-á a distinção kantiana entre religião histórica e religião racional e seus correspondentes (fé histórica e fé religiosa pura, fé eclesial e fé racional pura) bem como o conceito de comunidade ética enquanto povo de Deus sob leis éticas. Tal conceito de uma igreja invisível, enquanto mera ideia, não é objeto de experiência possível, mas serve de arquétipo àquelas (igrejas) que devem ser fundadas pelos homens. Assim, a igreja visível, enquanto união efetiva dos homens num todo que concorda com aquele ideal, é interpretada como veículo que traz consigo um princípio de aproximação contínua à pura fé religiosa ou religião racional. Por fim, discutiremos a questão da dispensabilidade (ou não) das religiões históricas, implicada na interpretação kantiana, que pode ser resumida nos seguintes termos: à fé religiosa pura se há de acrescentar sempre uma fé histórica (eclesial) como uma parte essencial, ou a fé eclesial, como simples meio condutor, poderá transformar-se progressivamente em fé religiosa pura?
|
|---|---|
| ISSN: | 1984-8900 |