Educação intergeracional indígena Akwẽ-Xerente e as vivências educativas da Universidade da Maturidade

As transformações sociais provocadas pelo envelhecimento populacional brasileiro têm instigado novas reflexões sobre o lugar da pessoa idosa na produção de saberes e na vida comunitária. Em meio a esse cenário, emergem propostas formativas que não apenas acolhem o tempo vivido, mas reconhecem a vel...

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Main Authors: Leonardo Sampaio Baleeiro Santana, Neila Barbosa Osório, Luiz Sinésio Silva Neto, Ruhena Kelber Abrão Ferreira, Ricardo Filipe da Silva Pocinho, Eliana Zellmer Poerschke Farencena, Wesquisley Vidal de Santana, Claudiany Silva Leite Lima, Elizângela Fernandes Pereira Evangelista, Karinne Oliveira Meneses, Orcimar Sousa Gomes de Amorim, Denize Bernarda da Silva Simas, Osiana Lustosa dos Santos, Adeany Firmino de Sousa Soares
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí 2025-08-01
Series:Cadernos Cajuína
Subjects:
Online Access:https://v3.cadernoscajuina.pro.br/index.php/revista/article/view/1078
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Description
Summary:As transformações sociais provocadas pelo envelhecimento populacional brasileiro têm instigado novas reflexões sobre o lugar da pessoa idosa na produção de saberes e na vida comunitária. Em meio a esse cenário, emergem propostas formativas que não apenas acolhem o tempo vivido, mas reconhecem a velhice como território de memória, resistência e criação. A valorização dos vínculos intergeracionais torna-se um caminho promissor para repensar os sentidos da educação ao longo da vida, em diálogo com saberes tradicionalmente silenciados. Este artigo tem como objetivo investigar como os modos de ensinar e aprender do povo Akwẽ-Xerente, ancorados na oralidade, na vivência e na ancestralidade, podem inspirar práticas educativas intergeracionais, particularmente aquelas desenvolvidas pela Tecnologia Social da Universidade da Maturidade (UMA), vinculada à Universidade Federal do Tocantins. A pesquisa utiliza abordagem qualitativa e fundamenta-se em revisão bibliográfica analítica, reunindo estudos que tratam de epistemologias indígenas, pedagogias decoloniais, envelhecimento e experiências formativas alternativas à lógica escolar hegemônica. Os resultados apontam para a possibilidade de construção de uma pedagogia viva, baseada na escuta, na circularidade do tempo e na valorização da trajetória de vida. Ao entrelaçar saberes indígenas e práticas da UMA, delineia-se uma proposta educativa que rompe com modelos excludentes e afirma a velhice como potência formativa e política.
ISSN:2448-0916