Cinema, moradia e ficcionalização

Carboni é um jovem cineasta e pesquisador do Rio Grande do Sul que dirigiu os filmes O acidente (2022) e O teto sobre nós (2015). Em seu trabalho teórico e cinematográfico, ele articula um pensamento sobre a alteridade, o rosto e a fotogenia. Esta entrevista se insere no escopo da abordagem Teoria...

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Bibliographic Details
Main Authors: Bruno Leites, Isabelle do Pilar Mendes, Felipe Diniz
Format: Article
Language:English
Published: Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual 2024-12-01
Series:Rebeca: Revista Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual
Subjects:
Online Access:https://rebeca.socine.org.br/1/article/view/1066
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Description
Summary:Carboni é um jovem cineasta e pesquisador do Rio Grande do Sul que dirigiu os filmes O acidente (2022) e O teto sobre nós (2015). Em seu trabalho teórico e cinematográfico, ele articula um pensamento sobre a alteridade, o rosto e a fotogenia. Esta entrevista se insere no escopo da abordagem Teoria de Cineastas (Penafria et al., 2020; Leites; Macedo, 2024). Como fica claro nesta conversa, o filme recebeu a influência direta da obra de Pedro Costa e sua ética da “porta fechada”, além do cinema brasileiro de “terror psicológico” e, dentro do contexto do Rio Grande do Sul, da corrente de filmes híbridos dos anos 2010, da qual Carboni é um importante articulador, sobretudo na condição de montador de cinema. Contudo, não é apenas a relevância artística e teórica que justifica a retomada de uma obra como O teto sobre nós. Passados alguns anos, o prédio da ocupação filmada é alvo de uma suposta revitalização, que vem inibir o sonho da moradia popular no prédio e descaracterizar a efervescência cultural de que o filme é produto e testemunho.
ISSN:2316-9230