O Vernáculo e o Híbrido: Concepções da Arquitectura Popular Portuguesa entre 1960 e 2000
A antropologia e a arquitectura são disciplinas que se têm frequentado com alguma assiduidade, algumas vezes de forma consciente, outras sem que disso se tenham necessariamente dado conta. Uma das mais assíduas plataformas de encontro entre ambas as disciplinas tem sido fornecida pela arquitectura v...
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| Published: |
Imprensa da Universidade de Coimbra
2011-10-01
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| Series: | Joelho |
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| Online Access: | https://impactum-journals.uc.pt/joelho/article/view/378 |
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| author | João Leal |
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| description | A antropologia e a arquitectura são disciplinas que se têm frequentado com alguma assiduidade, algumas vezes de forma consciente, outras sem que disso se tenham necessariamente dado conta. Uma das mais assíduas plataformas de encontro entre ambas as disciplinas tem sido fornecida pela arquitectura variavelmente designada de “popular”, “vernácula” ou “tradicional”. Por vias diferentes, sobretudo no decurso dos anos 1960, tanto a antropologia como a arquitectura fizeram da arquitectura popular um objecto comum de estudo, analisado de acordo com uma preocupação dominante por formas genuínas e autênticas, marcadas pelo peso da tradição. E por vias diferentes, tanto a antropologia como a arquitectura, retendo embora uma preferência pelo popular, trocaram, a partir dos anos 1980, essas ideias de genuinidade e autenticidade por uma conceptualização do popular enquanto matéria híbrida e impura. Learning from Las Vegas (1977) de Robert Venturi, do lado da arquitectura, e Culturas Híbridas (1989) de Nestor García Canclini, do lado da antropologia, são duas obras marcantes nessa viragem. É a partir delas que esta comunicação se propõe interrogar o modo como no Inquérito à Arquitectura Popular em Portugal se pode surpreender uma tensão entre o popular como autêntico e formas mais misturadas do popular, resolvida então a favor da autenticidade, que se projecta, de forma contraditória, na actualidade.
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| institution | Kabale University |
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| publishDate | 2011-10-01 |
| publisher | Imprensa da Universidade de Coimbra |
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| series | Joelho |
| spelling | doaj-art-4720a4b087f14e2b9f7395375b25d50b2024-11-19T15:05:15ZengImprensa da Universidade de CoimbraJoelho1647-95481647-86812011-10-01210.14195/1647-8681_2_6O Vernáculo e o Híbrido: Concepções da Arquitectura Popular Portuguesa entre 1960 e 2000João Leal0Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de LisboaA antropologia e a arquitectura são disciplinas que se têm frequentado com alguma assiduidade, algumas vezes de forma consciente, outras sem que disso se tenham necessariamente dado conta. Uma das mais assíduas plataformas de encontro entre ambas as disciplinas tem sido fornecida pela arquitectura variavelmente designada de “popular”, “vernácula” ou “tradicional”. Por vias diferentes, sobretudo no decurso dos anos 1960, tanto a antropologia como a arquitectura fizeram da arquitectura popular um objecto comum de estudo, analisado de acordo com uma preocupação dominante por formas genuínas e autênticas, marcadas pelo peso da tradição. E por vias diferentes, tanto a antropologia como a arquitectura, retendo embora uma preferência pelo popular, trocaram, a partir dos anos 1980, essas ideias de genuinidade e autenticidade por uma conceptualização do popular enquanto matéria híbrida e impura. Learning from Las Vegas (1977) de Robert Venturi, do lado da arquitectura, e Culturas Híbridas (1989) de Nestor García Canclini, do lado da antropologia, são duas obras marcantes nessa viragem. É a partir delas que esta comunicação se propõe interrogar o modo como no Inquérito à Arquitectura Popular em Portugal se pode surpreender uma tensão entre o popular como autêntico e formas mais misturadas do popular, resolvida então a favor da autenticidade, que se projecta, de forma contraditória, na actualidade. https://impactum-journals.uc.pt/joelho/article/view/378Inquérito à Arquitectura PopularArquitectura Moderna |
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