A EUGENIA NO DISCURSO DIDÁTICO E SEUS IMPACTOS NO ENSINO DE CIÊNCIAS
Com o desenvolvimento da ciência moderna, começou-se a busca de argumentos científicos que pudessem justificar a marginalização de determinados grupos na sociedade. Nesse contexto, surgem movimentos como a eugenia, cujo pensamento prega que o ser humano pode ser melhorado através de determinadas pr...
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| Format: | Article | 
| Language: | English | 
| Published: | Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)
    
        2024-12-01 | 
| Series: | Revista REAMEC | 
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| Online Access: | https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/reamec/article/view/17527 | 
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| author | Flávia Leite Monteiro Antônio Fernando Gouvêa da Silva Fernando de Faria Franco | 
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| description | Com o desenvolvimento da ciência moderna, começou-se a busca de argumentos científicos que pudessem justificar a marginalização de determinados grupos na sociedade. Nesse contexto, surgem movimentos como a eugenia, cujo pensamento prega que o ser humano pode ser melhorado através de determinadas práticas, como a seleção artificial. Apesar de ter sido muito forte durante as primeiras décadas do século XX, ainda observamos reproduções do discurso eugenista na atualidade. Este trabalho busca compreender em que medida a abordagem crítica de discussões eugênicas nas aulas de   ciências e biologia pode contribuir para a superação das tentativas de naturalizar preconceitos socioculturais. Realizamos uma pesquisa de caráter qualitativo, por meio da análise documental focada no discurso sobre uma visão sociocultural da genética e evolução de autores reconhecidos. Usamos, como fonte de dados, frases emitidas por esses autores em entrevistas, livros e artigos científicos. Posteriormente, essas frases foram classificadas em quatro categorias: determinismo genético, determinismo geográfico, higienismo e racismo científico. Os limites explicativos dessas frases foram trabalhados ao longo deste estudo, utilizando-se conceitos de genética e de evolução para contrapor as ideias eugenistas contidas nelas, trazendo o contexto cultural em que a frase foi emitida. Foi discutido o papel da educação crítica na área de   ciências, bem como sua importância na quebra do ideal de ciência neutra positivista. Concluímos que trabalhar temáticas de eugenia em sala de aula é uma das formas de contextualizar o ensino e auxiliar na superação de preconceitos, de forma a transformar a realidade do educando, passo fundamental para o exercício de uma educação crítica. | 
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| institution | Kabale University | 
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| publishDate | 2024-12-01 | 
| publisher | Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) | 
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| series | Revista REAMEC | 
| spelling | doaj-art-3f7626aa09e94a828c44b3d24914d5402024-12-30T17:59:09ZengUniversidade Federal de Mato Grosso (UFMT)Revista REAMEC2318-66742024-12-011210.26571/reamec.v12.17527A EUGENIA NO DISCURSO DIDÁTICO E SEUS IMPACTOS NO ENSINO DE CIÊNCIASFlávia Leite Monteiro0Antônio Fernando Gouvêa da Silva1Fernando de Faria Franco2Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Sorocaba, São Paulo, BrasilUniversidade Federal de São Carlos (UFSCar), Sorocaba, São Paulo, BrasilUniversidade Federal de São Carlos (UFSCar), Sorocaba, São Paulo, Brasil Com o desenvolvimento da ciência moderna, começou-se a busca de argumentos científicos que pudessem justificar a marginalização de determinados grupos na sociedade. Nesse contexto, surgem movimentos como a eugenia, cujo pensamento prega que o ser humano pode ser melhorado através de determinadas práticas, como a seleção artificial. Apesar de ter sido muito forte durante as primeiras décadas do século XX, ainda observamos reproduções do discurso eugenista na atualidade. Este trabalho busca compreender em que medida a abordagem crítica de discussões eugênicas nas aulas de   ciências e biologia pode contribuir para a superação das tentativas de naturalizar preconceitos socioculturais. Realizamos uma pesquisa de caráter qualitativo, por meio da análise documental focada no discurso sobre uma visão sociocultural da genética e evolução de autores reconhecidos. Usamos, como fonte de dados, frases emitidas por esses autores em entrevistas, livros e artigos científicos. Posteriormente, essas frases foram classificadas em quatro categorias: determinismo genético, determinismo geográfico, higienismo e racismo científico. Os limites explicativos dessas frases foram trabalhados ao longo deste estudo, utilizando-se conceitos de genética e de evolução para contrapor as ideias eugenistas contidas nelas, trazendo o contexto cultural em que a frase foi emitida. Foi discutido o papel da educação crítica na área de   ciências, bem como sua importância na quebra do ideal de ciência neutra positivista. Concluímos que trabalhar temáticas de eugenia em sala de aula é uma das formas de contextualizar o ensino e auxiliar na superação de preconceitos, de forma a transformar a realidade do educando, passo fundamental para o exercício de uma educação crítica. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/reamec/article/view/17527Ensino de GenéticaEnsino de EvoluçãoEugeniaEducação Crítica | 
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