O futuro no rosto: da fisionomia à inteligência artificial

Este artigo analisa a semiótica cultural da matemática como linguagem baseada na cognição humana, mas frequentemente usada como retórica tendenciosa. Ao invés de apenas estruturar a realidade, confere comensurabilidade e precisão a domínios ideológicos. Foca-se na medição matemática do corpo, espec...

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Bibliographic Details
Main Author: Massimo Leone
Format: Article
Language:English
Published: Universidade de São Paulo 2024-12-01
Series:Matrizes
Subjects:
Online Access:https://revistas.usp.br/matrizes/article/view/232627
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Summary:Este artigo analisa a semiótica cultural da matemática como linguagem baseada na cognição humana, mas frequentemente usada como retórica tendenciosa. Ao invés de apenas estruturar a realidade, confere comensurabilidade e precisão a domínios ideológicos. Foca-se na medição matemática do corpo, especialmente cabeça e rosto, práticas que, desde o Iluminismo, tentaram objetivar preconceitos racistas. A mensuração facial buscava definir beleza, inteligência e moralidade, mas serviu como ferramenta de controle biopolítico. A análise revela que o preconceito não está nas medições, mas na decisão de medir.
ISSN:1982-2073
1982-8160