O SUJEITO EMPREENDEDOR DE SI NO NOVO ENSINO MÉDIO

Este artigo visa analisar o empreendedorismo de si no currículo mineiro a partir do Novo Ensino Médio, instituído pela Lei 13.415/2017. Foram selecionados três trechos do Currículo Referência de Minas Gerais (CREM) relativos a esta etapa da educação básica. Essa seleção esteve precedida de uma busc...

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Main Authors: Bruna de Oliveira Gonçalves, José Fernandes da Silva
Format: Article
Language:Spanish
Published: Universidade Federal da Paraíba 2024-12-01
Series:Revista Espaço do Currículo
Subjects:
Online Access:https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/71539
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José Fernandes da Silva
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institution Kabale University
issn 1983-1579
language Spanish
publishDate 2024-12-01
publisher Universidade Federal da Paraíba
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spelling doaj-art-3a0aa9737b4d474e9b11c5c3ead8fdbb2024-12-11T23:01:32ZspaUniversidade Federal da ParaíbaRevista Espaço do Currículo1983-15792024-12-0117310.15687/rec.v17i3.71539O SUJEITO EMPREENDEDOR DE SI NO NOVO ENSINO MÉDIOBruna de Oliveira Gonçalves0José Fernandes da Silva1Universidade Federal de Minas Gerais, BrasilInstituto Federal de Minas Gerais, Brasil. Este artigo visa analisar o empreendedorismo de si no currículo mineiro a partir do Novo Ensino Médio, instituído pela Lei 13.415/2017. Foram selecionados três trechos do Currículo Referência de Minas Gerais (CREM) relativos a esta etapa da educação básica. Essa seleção esteve precedida de uma busca em que o empreendedorismo, mais especificamente o de si, pudesse ser rastreado no documento. O termo foi tomado a partir da produção de Christian Laval e Pierre Dardot, cuja compreensão se ampliou com o desenvolvimento do neoliberalismo, decorrente da ideia de “Empresário de si mesmo” em Michel Foucault. Os excertos foram analisados à luz de um referencial teórico com expressiva tradição para se discutir a Educação numa perspectiva integral, abrangendo a Educação Profissional Tecnológica (EPT). Os resultados indicam que a concepção de sujeito empreendedor de si localizada no CREM se distancia das bases epistemológicas vinculadas à tradição da EPT por reduzir a formação ao desenvolvimento do sujeito em atendimento às exigências do mercado de trabalho. Sendo ele compreendido como um capital, um capital humano, deve valorizar-se indefinidamente de maneira a superar a concorrência e as instabilidades de seu entorno. Em contraponto, uma educação pensada de maneira integral, baseada nos conceitos de politecnia e formação omnilateral, visa a emancipação humana, sendo o trabalho pensado como princípio educativo. Defende-se um projeto educacional que promova a formação humana e integral das juventudes, articulando educação e trabalho à ciência, tecnologia e cultura. https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/71539Empreendedor de si mesmoNovo Ensino MédioCurrículo Referência de Minas GeraisEducação Profissional Tecnológica
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