Incidência do câncer de pele em marisqueiras na região estuarina do Rio Apodi-Mossoró (RN)
Introdução: A atividade pesqueira consiste em importante fonte de renda e emprego, porém implica importante risco ocupacional, em razão da exposição à radiação solar sem fotoproteção adequada, o que se constitui no principal fator de risco para neoplasias cutâneas, sobretudo em países de clima trop...
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| Format: | Article |
| Language: | English |
| Published: |
Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade
2024-12-01
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| Series: | Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade |
| Subjects: | |
| Online Access: | https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/3576 |
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| Summary: | Introdução: A atividade pesqueira consiste em importante fonte de renda e emprego, porém implica importante risco ocupacional, em razão da exposição à radiação solar sem fotoproteção adequada, o que se constitui no principal fator de risco para neoplasias cutâneas, sobretudo em países de clima tropical como o Brasil. O impacto dessa exposição torna o câncer de pele o mais incidente no mundo, acarretando altos custos para o sistema de saúde por sua alta morbidade relacionada a danos físicos e emocionais para os pacientes. Objetivo: Busca-se identificar os fatores de risco para a incidência de neoplasias cutâneas entre marisqueiras na colônia de pescadores da região estuarina do Apodi-Mossoró/RN e avaliar as medidas de fotoproteção utilizadas por esse grupo de trabalhadores. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico de corte transversal, de abordagem quantitativa, com uma amostra aleatória simples de 40 indivíduos pertencentes a comunidades pesqueiras locais nas regiões de Grossos/RN nos anos de 2016/2017. Resultados: Observou-se que 60% dos entrevistados são do sexo feminino e 40% são do sexo masculino. Entre os trabalhadores, 82% trabalham cinco ou seis dias por semana expostos ao sol e 85% ficam expostos entre três e nove horas diárias. Sobre a utilização de medidas preventivas, 75% dos entrevistados responderam que se protegem do sol com filtro solar (50%), calças compridas (68%), camisa com manga comprida (68%), chapéu (37%) e boné (31%). Além disso, 75% dos entrevistados estão cientes do risco ocupacional, porém 44% responderam que não costumam verificar a ocorrência de novas lesões ou mudanças no aspecto de lesões que já existiam, e apenas 31% referiram notar lesões que demoram para cicatrizar. Conclusões: O grupo estudado está exposto a riscos ocupacionais relacionados ao câncer de pele. Destaca-se, assim, a contribuição para a assistência prestada à saúde da população, sendo possível utilizar os dados obtidos como um alicerce para o planejamento de ações que envolvem a prevenção e promoção da saúde e o diagnóstico precoce do câncer de pele para os pescadores do município de Grossos/RN.
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| ISSN: | 1809-5909 2179-7994 |