Um percurso de naturalização da violência contra professores
Neste trabalho, investiga-se a construção de um percurso que naturaliza a violência contra professores e professoras por meio de textos sincréticos veiculados em mídias digitais e em redes sociais no ano de 2019 com o objetivo de compreender se uma homenagem do dia dos professores que circulou ness...
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| Main Author: | |
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| Format: | Article |
| Language: | English |
| Published: |
Universidade de São Paulo, Letras e Ciências Humanas
2025-04-01
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| Series: | Estudos Semióticos |
| Subjects: | |
| Online Access: | https://www.journals.usp.br/esse/article/view/229219 |
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| Summary: | Neste trabalho, investiga-se a construção de um percurso que naturaliza a violência contra professores e professoras por meio de textos sincréticos veiculados em mídias digitais e em redes sociais no ano de 2019 com o objetivo de compreender se uma homenagem do dia dos professores que circulou nesse ano, feita a uma professora morta, constitui uma violência simbólica. Esse foi um ano de grandes mudanças no cenário político brasileiro, o primeiro ano de um governo violento que fez dos docentes um de seus alvos preferenciais. A escolha de se homenagear uma professora morta no exercício da profissão e de colocá-la como exemplo suscitou a pergunta de investigação deste trabalho: como é possível que uma professora se torne uma mártir e essa característica, a despeito de quaisquer outras qualidades necessárias a um docente para o exercício de sua profissão, passe a ser apontada como exemplar? Utilizando a teoria semiótica discursiva de linha francesa, analisa-se esse percurso gerativo de sentido para se chegar à oposição fundamental “sagrado” e “profano”, aliada ao peso da associação da profissão docente às mulheres e do recrudescimento da violência no cenário nacional, centrais no estabelecimento desse percurso.
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| ISSN: | 1980-4016 |