CONSIDERAÇÕES ACERCA DA EPOCHÉ EM MONTAIGNE E DO FREIE GEISTER EM NIETZSCHE
O presente trabalho pretende situar o conceito epoché, suspensão do juízo, de Montaigne a partir de sua amizade com La Boétie. Após a morte do amigo, Montaigne termina de redigir a seção sobre a amizade, na qual enfoca a metáfora do pintor. Trata-se, então, da pintura do “eu”, de forma que o livro...
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| Main Author: | |
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| Format: | Article |
| Language: | Portuguese |
| Published: |
Universidade Estadual Paulista (UNESP)
2009-03-01
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| Series: | Kínesis |
| Subjects: | |
| Online Access: | https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/kinesis/article/view/4293 |
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| Summary: | O presente trabalho pretende situar o conceito epoché, suspensão do juízo, de Montaigne a partir de sua amizade com La Boétie. Após a morte do amigo, Montaigne termina de redigir a seção sobre a amizade, na qual enfoca a metáfora do pintor. Trata-se, então, da pintura do “eu”, de forma que o livro procura sanar a falta do amigo. As partes do “eu” são pintadas de modo ilógico, o que, no caso, conduz Montaigne a uma pintura constante delas. Quanto a Nietzsche, o eixo da reflexão tange o estágio de Freie Geister, espírito livre, que também é uma suspensão, a qual, diferentemente de Montaigne, atinge-se por meio da solidão. Este estágio instiga o indivíduo, a tal ponto de ver as culturas não por seus valores, mas por perspectivas. O girar errante se constituirá através da mudança e da passagem a esse estágio, que gera a alegria, visto que não existe uma meta final. Assim, pode-se considerar que Montaigne parte da elevação e da descoberta do “eu” por intermédio da amizade, ao passo que Nietzsche principia também da elevação, no entanto, o rumo que ele adota é com relação à solidão, onde o espírito livre poderá deslumbrar as diferentes culturas.
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| ISSN: | 1984-8900 |